NOTÍCIA | SAÚDE ANIMAL

Sensores, dados e inteligência: como a tecnologia está revolucionando a saúde e a produtividade na pecuária brasileira r4j2

Tecnologia a serviço da saúde e do bem-estar animal 2e68

Por: Carlos César Floriano - CEO do grupo VMX
Publicado em 21 de Maio de 2025 , 06h28 - Atualizado 21 de Maio de 2025 as 06h32


Reprodução grupo VMX

O avanço tecnológico chegou de vez aos campos e pastos do país, transformando a forma como o gado é cuidado e a produção é gerida. Por meio de sensores, softwares e inteligência de dados, pecuaristas conseguem hoje monitorar a saúde dos animais em tempo real, prever doenças e otimizar o desempenho do rebanho.  w4c6b

“A digitalização da pecuária aponta para um modelo mais sustentável, lucrativo e transparente, com benefícios que vão do bem-estar animal à rastreabilidade exigida por mercados internacionais”, enfatiza Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX.

A pecuária brasileira vive uma de suas maiores transformações em décadas. Com a adoção crescente de tecnologias digitais, sensores e ferramentas de análise de dados, os pecuaristas estão redefinindo práticas históricas e ganhando eficiência na gestão da saúde e da produtividade dos animais. 

A chamada “pecuária de precisão” não é mais uma tendência distante, mas uma realidade crescente em diferentes regiões do país, impulsionada pela necessidade de redução de custos, exigências sanitárias e uma nova demanda por sustentabilidade e rastreabilidade no mercado global.

A revolução começa com pequenos dispositivos acoplados aos animais — colares, brincos eletrônicos ou chips subcutâneos — capazes de coletar dados sobre temperatura corporal, frequência cardíaca, movimentação, ingestão de alimentos e até comportamento social. 

Essas informações são enviadas em tempo real para plataformas de análise que alertam os produtores sobre qualquer anormalidade. “Um animal com febre, por exemplo, pode ser identificado imediatamente, antes mesmo de apresentar sinais visíveis da doença”, diz Carlos César Floriano.

Tecnologia a serviço da saúde e do bem-estar animal

Esse novo modelo de monitoramento é, sobretudo, uma poderosa ferramenta de prevenção. Em vez de agir após o surgimento de problemas sanitários, o produtor pode tomar decisões antecipadas, garantindo não somente a saúde do rebanho, mas evitando perdas econômicas e a disseminação de enfermidades. 

Em fazendas de médio e grande porte, o impacto é ainda mais significativo, pois a automação reduz a necessidade de intervenção humana constante e aumenta a capacidade de resposta.

Segundo Carlos César Floriano, o grande trunfo da pecuária moderna é transformar dados em decisões. “O campo vive hoje um momento de revolução silenciosa. Com as ferramentas certas, o produtor não depende mais da sorte ou da intuição. Ele tem a ciência e a tecnologia como aliadas permanentes”, destaca.

A integração de diferentes tecnologias também permite a criação de históricos detalhados de cada animal, o que se mostra essencial em tempos de exigências internacionais por rastreabilidade e segurança alimentar. 

Saber exatamente onde o animal esteve, o que comeu, quais medicamentos recebeu e quando foi vacinado, por exemplo, é hoje uma exigência em diversos mercados compradores, especialmente na Europa e na Ásia.

Carlos César Floriano: produtividade e sustentabilidade podem andar juntas

O uso estratégico da tecnologia vai além da saúde dos animais. Plataformas digitais, alimentadas por sensores de campo e imagens de satélite, ajudam na gestão de pastagens, fornecimento de alimentos e otimização de recursos como água e insumos veterinários. 

Softwares de gestão permitem que o pecuarista acompanhe índices de conversão alimentar, taxa de prenhez, ganho de peso diário e outras métricas fundamentais para o sucesso do negócio.

De acordo com Carlos César Floriano, produtividade e sustentabilidade não apenas podem, como devem andar juntas. “A pecuária inteligente não é só mais eficiente; ela é mais ética e mais preparada para atender às demandas do futuro. Produzir carne com qualidade, respeitando o meio ambiente e o bem-estar animal, é uma meta plenamente possível com o uso da tecnologia certa”, afirma.

As startups voltadas para o agronegócio, conhecidas como agtechs, também têm desempenhado um papel essencial nesse avanço. Com soluções que vão do manejo reprodutivo à previsão de partos e detecção de cio por inteligência artificial, essas empresas têm criado pontes entre a ciência, o empreendedorismo e o cotidiano das fazendas. 

Muitas delas surgem em polos tecnológicos como Piracicaba (SP), Cuiabá (MT) e Uberaba (MG), e já exportam soluções para outros países.

Outro aspecto importante é a democratização do o às inovações. Se antes a tecnologia parecia restrita às grandes propriedades, hoje já se nota um movimento de inclusão digital voltado para pequenos e médios produtores. 

Programas de capacitação, crédito rural específico para aquisição de equipamentos e incentivos públicos ajudam a disseminar o uso das ferramentas tecnológicas em todas as escalas de produção.

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